Saiba Como Usar A Nutrição Contra As Sequelas Da Covid-19

Estamos há quase 2 anos diante da pandemia da doença Covid-19, causada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2. O primeiro post do ano vai divulgar algumas informações recentes sobre a nutrição na recuperação da saúde.
Entendendo as 3 fases principais da doença:
- Na 1.ª fase, os vírus entram pela boca ou pelo nariz e depois entram nas células através da ECA2 (enzima conversora de angiotensina 2). Note que os humanos possuem mais ECA2 nos pulmões, no intestino, nos vasos sanguíneos, no coração e nos rins, principais locais afetados pela doença. Após entrar nas células, os vírus começam a se multiplicar. Nesta fase, que dura cerca de 5 a 14 dias, podem surgir sintomas gripais e perda de olfato e paladar.
- Se não houver uma boa imunidade para combater os vírus, a doença evolui para a 2.ª fase, caracterizada pela “tempestade de citocinas” ou liberação exagerada de substâncias inflamatórias. Em cerca de 14 a 20 dias os sintomas pioram bastante, surgindo dificuldade respiratória, pneumonia e outras complicações que levam à hospitalização.
- Na 3.ª fase surgem as piores complicações possíveis, pois a inflamação aumenta a viscosidade do sangue, tornando-o mais “grosso”, provocando tromboembolismo venoso, uma agregação de células sanguíneas que, circulando nas veias, causa acidente vascular encefálico, infarto, embolia pulmonar, falência dos rins e de outros órgãos, podendo levar a óbito.
Independente da gravidade e mesmo após vencer a doença, grande parte das pessoas sofrem com a chamada Síndrome pós-Covid, um conjunto de sequelas respiratórias, cardiovasculares, neurológicas, psicológicas, psiquiátricas, gastrointestinais, musculoesqueléticas e dermatológicas.
O que fazer nesses casos?
Algumas das recomendações nutricionais são:
- Peça ao profissional que lhe assiste para solicitar e monitorar, semestralmente/anualmente, exames de sangue como hemograma; coagulograma; VHS; proteínas totais e frações, especialmente albumina; PCR; fibrinogênio e Dímero-D. Resumidamente, estes exames ajudam a verificar o nível de inflamação no corpo e a viscosidade do sangue. Isto é muito importante e pode salvar vidas, pois as tromboembolias são silenciosas.
- Reduza o consumo de alimentos que aumentam o risco de trombose: açúcar, farinhas refinadas misturadas com gordura (pizza, sanduíche, pastel, batata frita), óleos vegetais ricos em ômega 6 (soja, milho e girassol), suplementos de cafeína e bebidas energéticas.
Consuma açafrão-da-terra, alho, cebola, tomate, gengibre, vinagre, canela, café de boa qualidade, cacau em pó, chocolate amargo, chás verde e hibisco (moderadamente), chás de erva-doce e erva-cidreira, pimentas, azeite, abacaxi, kiwi, limão, frutas vermelhas, roxas e pretas, linhaça, chia, gergelim e peixes.
Beba suco de beterraba crua diariamente (rico em nitrato) e use um bom ômega 3, principalmente na 1.ª fase da doença. Ambos são anti-inflamatórios e melhoram a viscosidade do sangue. Além disso, beba bastante água e pratique exercícios físicos.
- Procure ajuda profissional para repor cofatores mitocondriais, como coenzima Q10, ácido lipoico, carnitina, magnésio e complexo B. A inflamação causa perda da função das mitocôndrias, o que provoca dificuldade respiratória, cansaço e fadiga.
- Além dos sintomas acima, queda de cabelo, taquicardia e sonolência podem surgir devido à anemia pós-Covid. Não por ausência de ferro na dieta, mas, porque as citocinas inflamatórias impedem o transporte de ferro pelo corpo e para a medula óssea. Portanto, a solução é uma dieta anti-inflamatória.
- Em quadros moderados a graves da doença, a produção de albumina no fígado tende a cair, causando inchaços no corpo sem causa aparente, perda de massa muscular e óssea, problemas no transporte de nutrientes e hormônios pelo corpo.
Aumente as proteínas da dieta em combinações adequadas, reduza o consumo de sal, consuma alimentos regeneradores do fígado como alho-poró, casca de melão, alcachofra, brócolis, couve-flor, acelga, pepino, sardinha, salmão, spirulina e chlorella.
- A produção de glutationa e N-acetilcisteína (NAC) no fígado também caem à medida que a doença avança. A glutationa é um dos antioxidantes mais importantes do corpo, protetor pulmonar e vascular, facilitador da respiração e ainda reduz o risco de intoxicação por excesso de medicamentos.
A boa notícia é que alimentos como mamão, manga, salsinha e espinafre contém glutationa e NAC.
- A resposta imunológica aos invasores não pode ser deficiente, nem exagerada, pois as 2 situações são problemáticas. As células chamadas linfócitos T, reguladores que equilibram o sistema imune e dependem de uma boa saúde intestinal, visto que, permeabilidade e microbiota intestinal alteradas facilitam a invasão e multiplicação do vírus.
Consuma frutas e legumes vermelhos e roxos, ricos em cianidinas, que ajudam a manter as células reguladoras do sistema imune.
Sabe-se que o vírus está evoluindo por mutações genéticas, mas o sistema imunológico é capaz de se adaptar, se for bem nutrido.
Além dos alimentos citados, use própolis, hortelã, levedura nutricional, cravo, abacate, goiaba, acerola, iogurte integral.
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3 comentários
Clariana
26/01/2022 as 16:53
Glória a Deus, excelente explicação. Alimentação saudável 😀😀. Deus abençoa ir Mariana.
Tom Oliveira
27/01/2022 as 13:04
Obrigado por uma informação muito importante e esclarecedora assim!
William Branham Martins de Barros
12/02/2022 as 20:33
Obrigado pelas dicas e sugestões irmã. Deus te abençoe grandemente.