12 Passos Para Você Cuidar Da Alimentação Dos Seus Filhos

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Alimentar a criança demanda tempo e paciência, portanto é preciso estimulá-la a comer, sem forçar. O modo como a comida é oferecida (com diálogo) também influencia no desenvolvimento e aceitação dos alimentos.

Alimentação infantil é um assunto bastante sério e complexo. Diversas dúvidas sobre o assunto flutuam sobre as mentes dos pais, principalmente os de primeira viagem.

Algumas perguntas que já ouvi:

— Até quando meu bebê pode se alimentar do leite materno?

— Quais alimentos meu filho pode comer?

— O que fazer quando as pessoas oferecem “porcarias” ao meu filho?

— Socorro, meu filho não come! O que eu faço?

Se você se identificou com essas questões, os passos a seguir podem lhe ajudar a resolver algumas inseguranças e mudar alguns conceitos sobre a alimentação infantil.

1) A amamentação é algo muito maior do que simplesmente alimentar uma criança, pois, o leite da mãe assegura proteção contra doenças durante a vida, ajuda no desenvolvimento do cérebro e fortalece os laços entre mãe e filho.

O primeiro e único alimento a ser oferecido ao bebê desde os primeiros minutos do nascimento até os 6 meses de idade deve ser o leite materno! O aleitamento pode e deve se estender até os 2 anos de idade ou mais, caso a criança e a mãe queiram.

O leite da mãe não é fraco! Ao contrário do que muitos pensam, o leite materno é o único capaz de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê até os 6 meses, não sendo necessário oferecer água, chá ou qualquer outro alimento nesse período.

2) Após os 6 meses é necessário começar a oferecer para a criança alimentos in natura ou minimamente processados, além da amamentação. A alimentação deve ser gradual e composta por comida de verdade como: feijões, cereais, raízes, tubérculos, frutas, legumes, verduras, carnes e ovos. Deve-se oferecer um alimento diferente por vez e o número de refeições ao dia deve ir aumentando conforme o crescimento da criança. Ao completar 1 ano, seu filho deve estar comendo a mesma comida da família. Vale lembrar que quanto maior a variedade de alimentos, maior a nutrição e saúde para todos.

3) Oferecer a criança maior de 6 meses, água própria para consumo ao invés de refrigerantes, sucos industrializados e bebidas açucaradas. A água é essencial para a hidratação e não deve ser substituída por outro líquido como: chá, suco, água de coco, muito menos por bebidas ultraprocessadas. As bebidas açucaradas aumentam as chances de sobrepeso, diabetes, incidência de cáries, viciam o paladar e desestimulam o consumo de água pura.

4) Inicialmente (após 6 meses), oferecer a comida para a criança em consistência suficiente para não “escorrer” da colher, ou seja, amassada com o garfo, e os alimentos mais firmes como carnes, bem picados. Não é recomendado bater ou peneirar os alimentos, pois o incentivo à mastigação estimula o desenvolvimento do rosto e dos ossos da cabeça. Com o passar dos meses, amassar cada vez menos a comida e oferecer pedaços pequenos até chegar à consistência normal das refeições da família.

5) NUNCA OFERECER AÇÚCARES OU DOCES AO BEBÊ! O consumo de qualquer açúcar, mel ou adoçante não é necessário antes dos 2 anos, pois causa danos a saúde bucal e metabólica do seu filho.

A criança nasce sem conhecer sabores, e incluir o sabor doce na alimentação só irá deixar o paladar do seu filho mal-acostumado, fazendo-o rejeitar os alimentos saudáveis. Este é um dos motivos porque tantas mães se desesperam quando suas crianças não querem comer.

6) Não oferecer produtos ultraprocessados a criança, pois são pobres em nutrientes, ricos em açúcares, sal e aditivos químicos como corantes e conservantes. Geralmente esses “industrializados” vêm em embalagens atrativas e contém nos rótulos, pavorosas listas de ingredientes.

Ficar alerta ao que é oferecido ao seu filho por terceiros não é ser inconveniente. É ser prudente.

 7) A chegada de uma criança é uma oportunidade para melhorar a alimentação da família. Estratégias que facilitam esse processo e garantem uma alimentação saudável diariamente são: cozinhar a mesma comida para todos, planejar o cardápio da semana, organizar as compras, cozinhar alguns alimentos em maior quantidade e congelar uma parte.

8) Colocar a criança para comer junto a família, à mesa, faz com que ela se desenvolva no processo alimentar, queira experimentar novos alimentos além de tornar o momento das refeições mais agradáveis. Quando seu filho percebe que a família gosta de comer alimentos saudáveis, ele se sentirá estimulado a aceitá-los também. O maior ensinamento é o exemplo!

 9) Observar os sinais de fome e saciedade do seu filho durante as refeições. Alimentar a criança demanda tempo e paciência, portanto é preciso estimulá-la a comer, sem forçar. O modo como a comida é oferecida (com diálogo) também influencia no desenvolvimento e aceitação dos alimentos. Deve ser removida toda distração que tire o foco do prato, sabores, textura, cores e aromas.

10) Parece óbvio, mas a higiene dos alimentos e de quem os prepara previne doenças na criança e na família. Nunca é demais reforçar os seguintes cuidados:

  • Lavar bem as mãos antes de cozinhar e antes de alimentar o bebê.
  • Lavar as mãos do seu filho antes das refeições.
  • Deixar legumes, verduras e frutas de molho em solução clorada (1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água) por 15 minutos e depois enxaguar bem em água corrente.
  • Lavar bem os utensílios que entrarem em contato com carnes cruas.
  • Cozinhar bem as carnes, para não ficarem partes cruas com micro-organismos que causam doenças.
  • Armazenar os alimentos que sobram na geladeira.

11) A alimentação da criança fora de casa também deve ser saudável. É possível carregar frutas frescas, frutas secas, legumes levemente cozidos cortados em palitos e alimentos que podem ficar em temperatura ambiente. Até mesmo o almoço e jantar podem ser carregados em recipientes térmicos.

12) Você deve proteger seu filho da publicidade de alimentos que está por todos os lugares, nas ruas, nos veículos públicos, nos elevadores, nos “inofensivos” vídeos do YouTube.

Segundo o Ministério da Saúde, a criança menor de 2 anos não deve ter acesso a qualquer aparelho eletrônico, pois não tem capacidade de julgamento e decisão, sendo dever dos pais resguardá-las. Eu, como profissional de saúde, acrescento que crianças de qualquer idade devem ser protegidas da grande mídia.

As políticas públicas como o código de Defesa do Consumidor, o Decreto 9.579/2018 e a Resolução 163 do CONANDA regulam a propaganda massiva para crianças, mas ainda é insuficiente para conter a exposição, cabendo aos pais o controle da situação.

Se você quer assumir de vez o compromisso de cuidar do desenvolvimento dos seus filhos para que eles alcancem todo o potencial de saúde, deixe seu comentário que é muito importante para nós!

Que Deus continue abençoando a todas as famílias!

Mariana Macedo

Sou Mariana V. T. Macedo, Nutricionista, (CRN9 - 11.884), formada e atuante na área clínica há quase 10 anos. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva e em constante evolução em todas as áreas da vida. Minha missão é ser uma agente transformadora da saúde e pensamento das pessoas, tendo em vista que um corpo saudável necessita de cuidados que vão muito além do peso, além de uma simples dieta e contagem de quilocalorias. Além da estética.


3 comments

  • Mariane Oliveira

    03/07/2020 at 09:35

    Maravilhosas dicas, Dr. Mariana! Nunca é demais reforçar que a família tem um papel fundamental na formação das crianças. E como você mesma disse na dica 8; ‘O maior ensinamento é o exemplo’. Muito bom, muito bom mesmo.
    Deus continue te abençoando e à toda a equipe do site!

    Reply

  • Ione Lopes

    03/07/2020 at 23:59

    Muito bom, que Deus continue te abençoando irmã Mariana!🙏

    Reply

  • Raquel Aline

    15/07/2020 at 09:17

    Muito bom doutora!

    Reply

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