A generosidade, a paciência e a curiosidade que uma boa convivência permite quase não se acha hoje por onde passamos. Todos querem falar, poucos desejam ouvir, ao que tudo bem indicando, poucos são aqueles que aceitam a condição de viver com a presença da particularidade de cada um.

Olá, preciosos!

Saudações, saúde!

Um dos desafios sempre presentes na história dos homens pode se apresentar na relação humana, ou nas relações humanas: viver juntos, conviver. Olhando rapidamente para uma afirmativa como tal, no primeiro instante, pode chegar a assustar. 

Aparentemente vemos que, quanto mais a gente estuda e se prepara para nos relacionarmos, mais complexo fica a trama envolvida na relação. E se não tivermos o cuidado necessário, acabamos levando-as ao desgaste boa parte das vezes, sem necessidade do fato. 

Já chegou a pensar, que em uma casa de família tradicional, o que mais se decorava na sala era a mesa? Espaçosa, estilosa, enfeitada e aconchegante. E a cereja do bolo, por assim dizer, era as pessoas envolta, diante de alimentos como pano de fundo e a prevalência da relação humana consumida ali, seja no café da manhã, na hora do almoço e jantar. O principal ingrediente era o relacionamento! Ah, como era diferente naquele tempo! Ficávamos horas ali, após uma bela sobremesa, dialogando por muito tempo! 

Hoje, quando encontramos uma mesa na casa, cuidadoso e respeitosamente falando, está sempre ocupada com papéis e/ou com um notebook aliado a um suporte de aparelho celular para algum tipo de reunião de urgência relacionado ao trabalho e afins (quando não tumultuada de pertences pessoais, roupas, recibos…). Não tem fruteira, cadeiras disponíveis, garrafinha de café… Não se vê mais pessoas dispostas e com tempo suficiente para tornar-se companhia. E se não cultivamos o conviver dentro de casa… 

Acompanharam as evoluções das residências: sofisticadas cores diferentes, mais conforto, designer de tirar o fôlego… E ainda assim, continuam pequenas, estonteantes e reduzidas! Cabem instigante: nos últimos tempos houve nas mesas poucas xícaras, algumas panelas, o mínimo de pessoas, o razoável de diálogo, o tímido conviver. 

A generosidade, a paciência e a curiosidade que uma boa convivência permite quase não se acha hoje por onde passamos. Todos querem falar, poucos desejam ouvir, ao que tudo vem indicando, poucos são aqueles que aceitam a condição de viver com a presença da particularidade de cada um.

A dobradinha presença virtual versus ausência presencial veio para ficar, ao que tudo nos mostra. À distância conseguimos, aparentemente, suportar tudo, presencialmente preferimos que a pessoa seja objetiva, racional e prática. Antes mesmo de dialogar com uma pessoa, já criamos uma resposta na ponta da língua para oferecer! Ofertamos uma brecha para um colossal distanciamento social, sem pandemia como justificativa. 

E, diga-se de passagem, que a crise sanitária não possui toda a responsabilidade do distanciamento relacional o qual estamos vivendo desde então. Isso é injusto com o vírus. Desde pequenos vimos aprendendo a nos relacionar intimamente com os contextos just in time, ecommerce e o drive-thru (ultrarrápido, consumo à distância com a mínima presença de pessoas e com o conforto da praticidade. Embora brilhante, limitadora). 

Aspectos inovadores do presente século são tão atuais quanto impactantes. Antes, criávamos condições bem apaziguadoras na arte de conviver. Hoje, elaboramos esquivas bem “boladas” e engenhosas para solucionar o controle social, do relacionamento (super vigiado como nunca), pois demonstramos mais a nossa realidade em uma rede social do que propriamente ao familiar que antes tomávamos café… Juntos. 

É fato que conviver não é uma atividade das mais fáceis, porém, nunca foi impossível construir e manter uma teia humana, (rede verdadeiramente social sustentável e construtiva) e se nutrir de um bom viver juntos, solidamente, como nos dias de hoje! 

Já pensou em tudo isso? 

(E aproveitando, não sinta que o texto acabou aqui… ele pode ser continuado e finalizado, ou não, aí com você mesmo! Como você concluiria tal reflexão?) 

Logo ali nos vemos novamente, se Deus quiser! Vamos ‘conviver juntos’?

Tiago José

Sou o irmão Tiago José, um estudante das Ciências Humanas, formado em Psicologia e em formação nas áreas correlacionadas do conhecimento, onde a prática e a teoria se tornam cotidianas, principalmente na convivência com as pessoas com quem passamos a maior parte do nosso dia, de nossas vidas. Por esse oportuno espaço se encontrará um ambiente para desenvolvermos juntos a virtude da sensibilidade que proporciona o conhecimento de que cada pessoa possui sua particular história, e a partir daí, seus impactos e resultados. A dinâmica psíquica também será abordada em nossas falas.


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