Quem nunca deixou de comer algo porque não achou tão atraente a seus olhos? Você já se surpreendeu porque acabou conhecendo de verdade aquela pessoa que a princípio lhe pareceu estranha, arrogante, esquisita? Quem nunca, mesmo que no pensamento, chamou um obeso de comilão, sem antes saber a causa de sua obesidade? Quem nunca usou a religião como forma de julgamento para as pessoas? A resposta é bem clara.
Muitos de nós já deixamos de comer aquele legume, porque comparado a um ‘Fast-food’, ele não era tão atraente aos olhos. Mas fato é que, quando o comemos, certamente vimos que não era tão ruim quanto parecia, e circunstancialmente até mudamos de opinião. É claro que já nos surpreendemos com a bela personalidade, que estava escondida atrás do véu dos nossos próprios conceitos preestabelecidos acerca de alguém; e é bem provável que atualmente tal pessoa seja um de nossos melhores amigos.
E sim, inúmeras vezes, nós nos decepcionamos com nós mesmos ao saber que aquela pessoa obesa que julgamos ser comilona, é obesa por alguma doença de causa emocional, por predisposição genética, por distúrbios hormonais e por várias outras causas que não estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares. Inúmeras pessoas já se esqueceram de seus próprios princípios religiosos quando o assunto foi ajudar alguém de outra religião.
E é por esse motivo que devemos nos perguntar: Por qual motivo julgamos tanto e ainda assim julgamos mal? Por que passamos por tais situações diariamente?
Isso acontece porque como somos seres pensantes, indivíduos que possuem capacidade de ter o agente moral livre, somos seres dotados com capacidade de formular pensamentos, conceitos, ideias, e assim criar hipóteses. Isso não explica o motivo pelo qual “conceituamos” diariamente e ainda assim, o fazemos mal. Mas a grande verdade é que o problema está no fato de que nós não nos contentamos em conceituar, em fazer juízo de valor daquilo que temos conhecimento. Na maioria das situações, nós queremos opinar acerca do que não conhecemos. E por querermos estabelecer uma concepção sem ter a fundamentação necessária (o conhecimento) para compor tal pensamento e opinião, inconscientemente ou conscientemente, criamos hipóteses – uma especulação, suposição, conjectura e uma formulação provisória acerca de algo – e a estabelecemos como uma verdade universal, quando na realidade é uma verdade pessoal.
Quando isso acontece, é um grande sinal de que podemos facilmente ser caracterizados por um adjetivo que muitos de nós não pensamos que se aplicaria a nós, mas, que, infelizmente nos define diariamente como preconceituosos.
Sim, estamos falando de preconceito. Comumente associamos o preconceito às questões raciais, mas se tivermos a simples atitude de olhar no dicionário o significado da palavra, saberemos que todos nós somos seres preconceituosos, pois todos estabelecemos opiniões prévias, sem ter embasamento em dados objetivos.
Todos nós temos preconceitos quanto a tudo, isso é inerente do ser humano, é o que chamamos de “primeira impressão”. No entanto, ao basearmos nossas opiniões em sentimentos hostis, que são inteiramente motivados pelo hábito de julgamento, nos tornamos preconceituosos. Explicando:
Ter um preconceito (primeira impressão) sobre as coisas é natural do ser humano. O que não pode acontecer, é: não estarmos dispostos a conhecer a verdade e tacharmos qualquer coisa com base nos próprios pensamentos sem buscar conhecer mais sobre aquilo; pois é isso que é ser preconceituoso. Ou seja, ter um preconceito é ter uma primeira impressão. E ser preconceituoso é estabelecer a primeira impressão como sendo a verdade absoluta. Precisamos entender que a primeira impressão, ou o preconceito sempre vai existir. Porém, ele não é a verdade absoluta.
Ser preconceituosos é algo que nos leva a pagar um alto preço, porque se não tivéssemos o ato de julgar antecipadamente, não nos surpreenderíamos com coisas boas e nem com as desagradáveis; embora seja uma atitude honrável, não teríamos que pedir tantas desculpas e tantos perdões, e certamente, não passaríamos por todas as decepções que passamos.
Vivemos na Era em que a hipótese fala mais alto do que a realidade, onde a falta de certeza está na boca do povo e é a resposta para tudo o que as pessoas desejam saber. Eis aí o motivo pelo qual nos decepcionamos; nos envolvemos tanto no mundo das hipóteses que quando somos atingidos pela verdade, achamos estranho. Chegamos ao ponto onde as hipóteses estão se tornando a verdade de muitos.
Esse é o período de tempo onde há mais conhecimento disponível e acessível na história da humanidade, entretanto, é a Era em que as pessoas são tão vazias de conhecimento quanto podem ser. Isso acontece, devido ao fato de que estabelecer preconceitos é o mesmo que construir uma barreira para não receber o aprendizado; e uma vez sem aprendizado, sem progresso. Seria muito sábio de nossa parte analisar se tem ocorrido progresso em nossas amizades, nossos convívios, e se não houver, já sabemos qual é a causa.
Repare que o ‘preconceito’ nos faz olhar para o que achamos ser e para o que parece ser, mas não pode nos fazer ignorar o que realmente é. Lembremo-nos de que o verbo achar, nunca foi e nunca será sinônimo do verbo ser.
Como pessoas íntegras e seres que pensam, não devemos jamais usar tais palavras como desculpa e ressalva para acentuar defeitos, más qualidades e falta de aproveitamento de oportunidades na vida de um possível alguém, porque o mesmo conhecimento que salva, destrói. Não devemos usar o conhecimento como arma para desfavorecer alguém, porque quando o fazemos, provamos para nós mesmos que somos pessoas de bom elevo intelectual, mas, que, não têm caráter a altura.
O verbo julgar foi abordado justamente por possuir seu significado específico ‘de fazer juízo’, no entanto, juízo de valores e não juízo de pessoas. Isto é, não devemos sentenciar indivíduos, pois, como humanos, não somos seres aptos para efetuar tal julgamento; o fato de termos acesso à nossa própria consciência nos impede de fazê-lo.
“[…] Santifica-nos, Senhor, com Tua preciosa Palavra, e Teu sangue e por Tua graça clamamos; e toda graça e todo louvor será Teu. Tira todo preconceito de nosso coração; limpa-nos, Oh Senhor. Dá-nos corações puros, dá-nos mãos e mentes limpas de tal modo que possamos vir a Teu santuário noite após noite, jubilosos e cheios com Teu Espírito. Pedimos isto no Nome de Jesus e por Seu amor. Amém.”
William Branham – Mensagem: Que é o Espírito Santo, P.17b
4 comments
Ione Lopes
15/01/2021 at 12:55
Molda-me senhor, de acordo com Teus ensinamentos! 🙏
Alessandra Policarpo
15/01/2021 at 13:03
Que Deus tenha misericórdia de nós e me de a nente de Cristo. Deus vos abençoe em nome de Jesus Cristo
Sonia do Rosario Ramos
15/01/2021 at 13:31
Que o Senhor Jesus Cristo a cada dia possa me molda-me de acordo os seus ensinamentos, e me der a mente de Cristo, e que as misericordias Dele estejam sobre nós.
Sonia do Rosario Ramos
15/01/2021 at 13:35
Molda-me Senhor Jesus Cristo a cada dia, e coloca a mente do Senhor em mim.