Uma carta ao povo de Israel

Redação12/07/20199min0
Espero vê-los em breve. Bom, eu aguardo ansiosamente pelo dia em que estaremos juntos, lá onde iremos nos assentar, cantar e louvar o Grande Conquistador.

Belo Horizonte, 25 de julho de 2019.

Querido povo de Israel,

Por meio desta carta quero dizer-lhes que com muita admiração li sua história. A achei fascinante. Tamanha admiração se deu no momento em que me identifiquei com suas lutas; vi cada instante da trajetória pela qual passou, e sei que é necessário que eu passe também.

Estava lendo no livro de Êxodo, onde diz que vós fostes estrangeiros em uma terra na qual se levantou um Faraó que não conhecia a Deus. Um Idólatra. O quadro se repete; sou estrangeiro vivendo em uma terra onde as pessoas também não O conhecem. Aqui quando pronunciam o nome d’Ele é para zombaria, ou usando-O para ganho próprio. Por aqui quase ninguém O conhece de verdade. Muitos só ouviram falar ou leram a respeito, e só querem usufruir de seus atributos – como o Egito usufruiu da sabedoria de José, lembras? – quando é para oferecer adoração preferem se curvar aos deuses da música, aos astros do cinema, aos homens pagãos. Como podem trocar Aquele que liberta, pelo o que escraviza? Eu não entendo! Mas segui lendo, e vendo outro paralelo se formar.

Vós tivestes uma promessa de uma nova terra que manava leite e mel, onde não seriam estrangeiros. Porém, vos acostumastes com o Egito. Começastes a sentir-se como sendo nativos. Acomodaram-se e essa acomodação tornou-lhes escravos; tiveram que fazer tijolos, apanharam e sofreram. Livres, sendo presos. Isso também aconteceu comigo. Eu também fui escravo e até comecei a me moldar como os nascidos dessa terra e a querer me vestir, falar, andar, e me comportar como eles. E quanto mais eu fazia isso, mais preso eu ficava. Tornei-me escravo desse lugar chamado mundo! Então, assim como vós fizestes, também clamei por um libertador, e fui atendido.

Conheci um profeta chamado William Marrion Branham, que contou-me segredos e verdades que fizeram de mim uma pessoa livre. Homem enviado por Deus, o qual me ajudou a ver que Cristo já havia pago o preço da minha liberdade lá no Calvário. E foi com ele que aprendi, que verdadeiramente sou livre. Compreendi o significado daquele ato. Percebi a dimensão daquele amor; um amor que me constrangeu ao ponto de me fazer desejar ser d’Ele. Ser Seu prisioneiro; pois soube que não há ganho maior do que ser escravo de quem nos ama. Dentro de mim eu sabia que não era daqui. Eu só não me lembrei disso, até que ouvi o profeta. Oh! Essa revelação me devolveu a memória, e ficou cada vez mais viva em minha alma, me fazendo sentir saudades do meu lar, onde os filhos de Deus cantavam e rejubilavam. Aliás, uma situação que eu não entendia até então, era: pessoas prisioneiras, sem saber que são. E a compreensão disso, também veio através do profeta. Entendi que só é possível compreender que se é escravo, depois de ter sido liberto. Aleluia! Os nativos desta terra não clamam por liberdade por não conhecerem O libertador. Libertador esse que não veio para eles. Veio para os Seus. Veio para aqueles que são de uma outra terra. Estrangeiros como nós.

Continuei a leitura e logo cheguei no envio das pragas. Li que havia luz em Gósen mas não no Egito. Isso tem acontecido aqui também. Hoje há luz para mim, mas o mundo está em trevas. Também li sobre o anjo da morte; ele tem passado por aqui agora e está assentado em um cavalo amarelo, porém, eu tenho o sinal exposto (a unção da águia) e consegui escapar. Ah! Não posso esquecer de vos contar que passei pelo mar vermelho (justificação). E ao ver todos os meus pecados mortos e destruídos me tornei Miriã, e com júbilo cantei. Louvei ao Senhor e não poderia estar mais feliz!

Sabes, também precisei passar pelo deserto (santificação). Foi uma etapa de renúncia; precisei vencer a mim mesmo para não tentar a Deus – assim como fizestes ao venceres a fome, a sede, e os temperos do Egito. Conheci outros estrangeiros e nos tornamos um só povo. Temos sido como o povo de Israel; estamos passando por todas essas etapas, juntos. Tendo a mesma fé e propósito. E todas as vezes que nos reunimos falamos da nossa terra natal, cantamos sobre ela e choramos de saudades.

Além disso, posso lhes dizer que estamos sentindo-a cada vez mais perto, pois já conseguimos ver os frutos. Ela é real! Infelizmente, também tenho que relatar a vós através desta carta, que alguns se acovardaram. Houve alguns espias que injetaram iniquidade no povo. Mas, com imensa felicidade digo-lhes quase explodindo, que eu também faço parte do grupo de Calebe e Josué. Aqui temos recebido com fé a mensagem. Já vestimos a armadura de Deus e estamos prontos para entrar na terra. Seguindo vosso exemplo, lutamos por cada polegada dela. Ainda não estamos na nossa terra natal, mas, temos o Espírito Santo que é como um selo. É a passagem para nosso lugar de origem. Temos O adquirido cada vez mais; pois em cada reunião mais deste que também é nosso azeite tem sido depositado em nossa botija.

Antes de nos despedirmos, é importante mencionar que por aqui já estamos nos preparando para a chegada do noivo. A expectativa é grande, pois Ele irá nos levar em sua carruagem. Porém, não fiquem preocupados, essa parte da história iremos viver juntos. Afinal, aquela é a nossa terra. A nossa morada eterna. Estamos empenhados na busca pelo último estrangeiro. Contudo, vós tereis que nos esperar um pouco mais. Mas, assim que o encontrarmos, o trem rumo à eternidade irá passar sem mais demora, e juntos vamos embora! Confesso que tenho esperado ansioso por esse dia. E sei que vós certamente, entendes meu sentimento, pois assim como eu, fostes estrangeiros em busca de vossa terra. Fostes escravos em busca de liberdade. Odiados por amarem a Deus e recompensados por guardar a promessa. Consegues perceber que nossas histórias não só se conectam, mas se completam? Sim, é verdade que uma depende da outra. Histórias escritas com tanta perfeição e semelhanças, só poderiam ter sido redigidas pelo mesmo autor: Deus.

Espero vê-los em breve. Bom, eu aguardo ansiosamente pelo dia em que estaremos juntos, lá onde iremos nos assentar, cantar e louvar o Grande Conquistador.

Shalom!

Ps: Nossa História É Redigida Pelo Mesmo Autor.

Atenciosamente,
Um estrangeiro saudoso por seus antepassados.

Redação


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