Como a Nutrição Pode Deixar a Sua Imunidade Mais Resistente?

Tempos de epidemias e pandemias são um alerta para repensarmos sobre a nossa saúde e nosso estilo de vida. No contexto físico, manter o sistema imune funcionando adequadamente é a melhor maneira de se proteger de patógenos que podem ser vírus, bactérias, parasitas e fungos.

Então, o que é o sistema imune/sistema imunológico?

Sistema imune é, basicamente, a defesa do nosso corpo formada por barreiras físicas, químicas e biológicas como: pele, saliva, ácido clorídrico do estômago, microbiota intestinal, muco do trato respiratório e de outras mucosas, lágrima, cera do ouvido externo, entre outras. Quando essas barreiras são insuficientes para combater possíveis invasores, os tecidos do corpo começam a liberar substâncias que causam febre, vermelhidão, inchaço e dor local, conjunto de alterações conhecido como inflamação. A inflamação, por sua vez, atrai células de defesa para acirrar a “guerra” contra os agressores. Quando o sistema imunológico funciona abaixo da sua capacidade, o corpo fica sujeito às doenças em geral.

Os fatores determinantes para uma imunidade competente envolvem: boa hidratação, intestino saudável, sono de qualidade, prática de atividade física, controle do estresse e, sobretudo, uma nutrição eficiente.

Já vimos em um post anterior que beber água em quantidade adequada é muito importante para o organismo. Uma das funções da água é manter a produção de saliva e muco do trato respiratório; fluidos que contém células de defesa chamadas imunoglobulinas ou anticorpos. Esses anticorpos agem no contra-ataque aos vírus e bactérias que possam entrar pela boca e pelo nariz.

A microbiota intestinal é um grupo de bactérias benéficas que tem um papel crucial na nossa imunidade. Essas bactérias, em associação com a mucosa do intestino, compõem a “linha de frente” contra muitos microrganismos, evitando que esses se multipliquem, caiam na corrente sanguínea e causem doenças. A preferência por alimentos in natura ou minimamente processados, bem como a inclusão de fibras na alimentação (frutas, legumes, verduras, aveia, biomassa ou farinha de banana verde) fortalecem a microbiota e combatem infecções.

O estresse emocional, considerado um mal do século, prejudica o sono e desgasta o sistema imune devido à formação excessiva de radicais livres (compostos tóxicos ao corpo). É possível reduzir o estresse alimentando-se bem, fugindo do sedentarismo, dormindo nos horários certos e elevando os pensamentos para o Alto (temos sido ensinados sobre isso). 

Obviamente a alimentação não evita o contágio por microrganismos, como os vírus. No entanto, é incontestável que uma alimentação rica em nutrientes transforma o sistema imune em uma arma poderosa contra os microrganismos que possam vir a nos contaminar!

Os seguintes nutrientes e alimentos são indispensáveis para potencializar a imunidade:

• Minerais: Zinco (carnes, peixes, sementes oleaginosas), selênio (uma castanha do Pará ao dia), ferro animal (carnes), ferro vegetal (folhas verde-escuro, beterraba, feijão), cobre (centeio, aveia, banana, batata, espinafre, alface, maçã, cenoura, brócolis), magnésio (verduras, salsinha, cereais).

• Vitaminas: A (alimentos de cores laranja, amarelo e verde), C (limão, acerola, laranja, mexerica, goiaba vermelha), E (ovo, abacate, sementes), D (expor-se ao sol em horários adequados), B6 (fígado de boi, frango, banana), B12 (carnes).

• Alho: Cru, em conserva ou cozido rapidamente (possui alicina, composto anti-inflamatório e antioxidante). 

• Cúrcuma ou açafrão-da-terra: Curcumina é o composto bioativo do açafrão, ela ajuda tratar infecções.

• Própolis: Assim como o alho, apresenta ação anti-inflamatória e antioxidante;

• Gengibre: Pessoas que apresentam sensibilidade a essa especiaria ou pressão alta não devem ingerir.

• Ômega 3: Encontrado em boa quantidade na sardinha e nas sementes de chia. A eficácia dessa gordura boa no sistema imune dos idosos é comprovada.

Falando em nutrientes tão específicos, é válido citar que a utilização de suplementos vitamínicos prontos (cápsulas, comprimidos, pós), pode oferecer riscos à saúde. É recomendada a busca por um profissional capacitado e habilitado, o qual irá avaliar as carências nutricionais por meio de consulta e exames e, se necessário, fará uma prescrição individualizada.

Para exercer o autocuidado, devemos praticar as medidas de higiene e proteção sugeridas pelos órgãos de saúde. Uma análise de 22 estudos mostrou que alguns “vírus respiratórios” são muito resistentes e podem permanecer vivos no ambiente por até 9 dias! Não devemos nos preocupar e sim, nos preparar, realizando o que está ao nosso alcance.

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