Deficiência de Vitamina D: Uma Pandemia Silenciosa

Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tem hipovitaminose D (baixa vitamina D no sangue) e não sabe.
Nos últimos tempos, têm sido amplamente estudadas as relações entre carência de vitamina D e autismo, Alzheimer e depressão; cânceres de mama, próstata, cólon e pele; diabetes e doenças cardiovasculares; asma, resfriados, gripes, alergias e tuberculose; doença de Crohn, esclerose múltipla e lúpus; infertilidade; infecções por superbactérias e outras doenças.
Quer sair da estimativa mundial e se prevenir? Compreenda melhor sobre essa vitamina!
A vitamina D, é um tipo de hormônio presente em mais de 3.000 genes do corpo, com receptores em todos os órgãos. Essa vitamina é produzida na pele a partir da luz do sol, mais especificamente pelos raios ultravioletas B (UVB).
Primariamente, a vitamina D, associada ao cálcio, magnésio e fósforo, é responsável pela entrada e saída de cálcio nos ossos, através da comunicação com os rins, os intestinos e as paratireóides (glândulas que ficam no pescoço, atrás da glândula tireóide). Em virtude disso, as conseqüências gerais mais comuns da baixa vitamina D no corpo são as deformidades ósseas: o raquitismo (na infância) e a osteomalácia, a osteopenia e a osteoporose, causas importantes de fraturas (em adultos).
Secundariamente, a “vitamina do sol” participa do crescimento e diferenciação de células do sistema imune. Está associada à regulação de crescimento celular (normal ou cancerígeno) e proteção contra inflamação e oxidação no corpo. Por isso ela é capaz de prevenir e tratar as doenças que citei no início!
A hipovitaminose D é mais observada:
- Em afro-descendentes, pois a maior pigmentação da pele é uma barreira contra os raios UVB.
- Em obesos, pois o tecido de gordura “consome” a vitamina D.
- Em idosos, pela limitada exposição solar e pelo uso de muitos medicamentos que atrapalham o metabolismo de vitamina D.
- Em habitantes de maiores latitudes, por serem locais menos ensolarados.
- No outono e inverno, período propenso à menor exposição aos raios UVB.
- Em pessoas de culturas do oriente médio, devido às vestimentas que cobrem todo o corpo.
- E, recentemente, tem sido muito observada em gestantes e adolescentes, fases de importante desenvolvimento ósseo!
A boa notícia é que com uma exposição solar adequada e responsável, a pele é capaz de produzir mais de 90% da vitamina D necessária para a saúde. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda exposição de 15 a 30 minutos antes das 10h ou após 16h. Alguns autores apontam exposição de grandes áreas do corpo por 15 minutos, ao meio dia, no verão.
Outra fonte alternativa de vitamina D é a dieta, que pode suprir apenas 20% das necessidades corporais. As melhores fontes alimentares dessa vitamina são: o óleo de fígado de bacalhau (muitos se lembram das colheradas de Emulsão de Scott que tomavam na infância), os cogumelos shitake secos, o salmão fresco selvagem, e em baixíssimas quantidades, a sardinha, a cavala, o atum, os laticínios e a gema de ovo.
Dependendo da carência de vitamina D, comprovada por exame, a suplementação deve ser realizada em quantidades adequadas por um profissional habilitado (nutricionista ou médico), para não haver risco de toxicidade.
A hipovitaminose D vem aumentando nos últimos anos, provavelmente devido à migração social de um estilo de vida ao ar livre para uma vida cada vez mais entocada em ambientes fechados, seja pelo avanço econômico-tecnológico, ou pelas orientações da comunidade médica sobre os supostos perigos dos raios UVB sobre a pele.
Mas será que evitar totalmente o sol não coloca a saúde em um risco muito maior?
Ian Wishart, conta em seu livro “Vitamina D”, que participou de um debate televisivo com a Sociedade do Câncer da Nova Zelândia e expôs os conflitos de interesse envolvidos no trabalho da instituição, patrocinada pela indústria de filtros solares. A vitamina D ou os raios solares não são patenteáveis, portanto, não interessa aos grandes laboratórios patrocinarem ou expandirem as pesquisas sobre o valor do “banho de sol”!
Wishart afirma que grandes laboratórios promovem caríssimos estudos controlados e responsáveis por definir orientações de tratamentos em congressos médicos. Portanto, se eles assumissem que a vitamina D tem tantos benefícios, poderiam ver seus altos lucros escorrerem pelo ralo em pouco tempo.
Por fim, embora minha competência seja exclusiva na área de Nutrição, importa também trazer informações relevantes que nos servem de alerta.
Graças a Deus, o sol é grátis e para todos!
Se você faz parte do grupo de pessoas que já compreendeu que somos agentes da nossa própria qualidade de vida e saúde, se exponha ao sol com responsabilidade e consciência e assim, produza mais vitamina D!
Deixe seu comentário que é tão importante para nós!
Que Deus continue abençoando a todos!
6 comments
Alessandra Policarpo
26/05/2020 at 10:02
Obrigada irmã, tenho deficiência de vitamina d , vou ser mais cuidadosa Deus Ti abençoe ricamente
Layla Gabriela
26/05/2020 at 14:02
Obrigada irmã por dividir seus conhecimentos, Deus continue te abençoando, queria muito que o irmão Tiago José que é psicólogo participasse dos artigos AEE também.
Mariane Oliveira
26/05/2020 at 11:38
‘Somos agentes da nossa própria qualidade de vida e saúde’, obrigada Dr.Mariana. Podemos compreender como Deus é magnifico, Ele deixou tudo a nossa disposição para uma saúde de qualidade, basta obtermos o conhecimento e colocarmos em prática!
Natalice Gomes Ferreira da paixão
26/05/2020 at 23:01
Muito útil essa coluna de nutrição. Deus abençoe vc ir, Mariana!!
Marisa de oliveira costa Melo
07/06/2020 at 19:17
Muito bom esse artigo!
Obrigada irmã Mariana por disponibilizar seus conhecimentos conosco.
Deus continue te abençoando.
Marlene Maria de Jesus Silva
19/06/2020 at 10:39
Tambem gosto muito deste artigo q Deus possa continuar abençoando ricamente a vc ir Mariana por essas maravilhosas ajuda p nós eu tenho falta de vitamina D e quase nn tomo sol vou me preocupar mais agora com essa parte