Descubra o Que Alimentação Tem a Ver Com Tireoide

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Quando a tireoide não funciona adequadamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Dentro desses dois grandes grupos de doenças tireoidianas, existem outros variados distúrbios.

Você já ouviu alguém dizer que “tem tireoide”? — Bom, graças a Deus, a maioria dos seres humanos nascem com uma! O que essa pessoa provavelmente quis dizer é que tem algum problema na tireoide.

A disfunção tireoidiana, vista com maior frequência em minha prática clínica, é o hipotireoidismo, que será o destaque desse artigo.

Mas afinal, o que é tireoide?

É uma glândula com formato de borboleta que se localiza no pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. A tireoide produz os hormônios T3 e T4 a partir do estímulo do hormônio TSH que sai da hipófise, uma glândula cerebral. Se você já fez algum check-up clínico (exame geral) na vida, possivelmente já fez exames para avaliar pelo menos o TSH e o T4.

Os hormônios liberados pela tireoide regulam todo o organismo, controlando: a temperatura corporal; os batimentos cardíacos; o funcionamento do intestino, do fígado, dos rins e do cérebro; a memória, a concentração e o humor; o ciclo menstrual e a fertilidade; o peso; a saúde óssea; o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Quando a tireoide não funciona adequadamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Dentro desses dois grandes grupos de doenças tireoidianas, existem outros variados distúrbios.

O médico endocrinologista é quem faz o diagnóstico do hipotireoidismo, que pode se manifestar de forma grave ou moderada (hipotireoidismo subclínico). Ocorre mais frequentemente em mulheres, especialmente acima dos 40 anos.

Então, atenção:

Anemia, depressão; batimentos cardíacos fracos; intestino preso; ciclo menstrual irregular; falhas de memória; cansaço, sono e lentidão no cotidiano; dores musculares; pele seca e sensação de frio; queda de cabelo; ganho de peso e inchaço no rosto; aumento do colesterol, outros sinais e sintomas fazem parte do conjunto de manifestações clínicas comuns do hipotireoidismo. Se você apresenta um quadro de saúde parecido, sem motivos aparentes, vale a pena verificar!

Algumas causas clássicas para o hipotireoidismo vão, desde o auto ataque à tireoide (Tireoidite de Hashimoto), outras doenças autoimunes, genética, uso de medicamentos (amiodarona, lítio, valproato de sódio), tratamentos com radiação, até deficiência ou excesso de iodo.

Entretanto, hoje, na literatura científica, já existem outras causas relacionadas à doença como: alimentação pobre em frutas, legumes, verduras e alimentos integrais; alimentação rica em aditivos químicos industrializados e agrotóxicos; alimentação desequilibrada em iodo e pobre em selênio; consumo excessivo de peixes de cativeiro, peixes de grande porte; conservas e enlatados cheios de metais pesados e tóxicos (mercúrio, cádmio, chumbo); exposição às toxinas de embalagens plásticas e metálicas e NCGS (sensibilidade ao glúten que algumas pessoas têm e não descobrem).

 Na prática, como usar os alimentos para se prevenir ou otimizar o tratamento convencional?

Vários nutrientes são essenciais para o bom funcionamento da tireoide e dos hormônios, mas devem ser prescritos por um nutricionista, que fará a indicação da quantidade e da frequência de consumo individual.

Os alimentos a seguir devem fazer parte de uma alimentação saudável como um todo, pois o consumo excessivo de um nutriente isolado não dará resultado:

Iodo: Em resposta a uma dúvida comum, não se deve usar solução de lugol às cegas!

Apenas 1 gota de lugol possui uma dosagem “cavalar” de iodo, podendo causar até o bloqueio da tireoide. Agora, imagine as 6 e/ou 9 gotas tão indicadas nas mídias sociais?

Desde os anos 70, por lei, o sal de cozinha brasileiro é iodado, justamente para suprir as necessidades humanas, cerca de 250 microgramas de iodo por dia, quantia 100 vezes menor do que o peso de um grão de arroz!

Embora a necessidade diária seja tão baixa, ainda existem pessoas com deficiência de iodo, pois o sal deve ser pouquíssimo consumido. Por isso, é imprescindível o acompanhamento nutricional para a reposição responsável desse elemento, principalmente para gestantes.

Como fontes suplementares naturais de iodo, são bem disponíveis a chlorella e a spirulina.

 Zinco: presente nas sementes de abóbora, castanhas, cereais integrais e nas carnes.

Selênio: a castanha do Pará (ou do Brasil) e a semente de girassol descascada são excelentes fontes.

Ferro: é encontrado em maior quantidade nas carnes, nos vegetais verde-escuros e nos cereais integrais. Para absorver melhor o ferro de origem vegetal é necessário ingerir com uma fonte de vitamina C (laranja, limão, acerola, goiaba).

— Pois é, ao contrário do que muitos pensam, o feijão não é o alimento mais rico em ferro.

Vitamina A: frutas e vegetais verde-escuros, amarelos e alaranjados; fígado bovino; ovos e laticínios.

Vitamina B2 e B6: laticínios, cereais integrais (por exemplo: aveia), folhas verde-escuras, ervilha, banana e levedo de cerveja.

Vitamina B12: as carnes são as maiores fontes da vitamina B12 melhor absorvida no intestino. Portanto, quem não consome carnes precisa receber suplementação.

Ômega 3: peixes (preferir os de pequeno porte como sardinha, merluza ou pescada-branca), chia e linhaça.

Espero que esse breve post esclareça suas dúvidas sobre hipotireoidismo!

Que Deus lhe abençoe!

Mariana Macedo

Sou Mariana V. T. Macedo, Nutricionista, (CRN9 - 11.884), formada e atuante na área clínica há quase 10 anos. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva e em constante evolução em todas as áreas da vida. Minha missão é ser uma agente transformadora da saúde e pensamento das pessoas, tendo em vista que um corpo saudável necessita de cuidados que vão muito além do peso, além de uma simples dieta e contagem de quilocalorias. Além da estética.


2 comments

  • Tiago José

    28/08/2020 at 10:46

    Belo e explicativo! Maravilha!

    Reply

  • Alessandra Policarpo

    31/08/2020 at 15:26

    Boa tarde Irmã querida, Deus Ti abençoe, muito bom o artigo.

    Reply

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