É Melhor Sobrar Do Que Faltar?

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É necessário mudar o pensamento e o hábito cultural, próprios do brasileiro. Um estudo publicado em 2018 pela BASF, uma empresa química alemã, mostrou que o brasileiro considera humilhante preparar refeições a partir de frutas e vegetais sem boa aparência, comprar produtos de fim de feira com menores preços e consumir partes menos nobres dos alimentos.

Quem nunca ouviu a expressão é melhor sobrar do que faltar”? De fato, a fartura é uma bênção! Já o desperdício…

Saiba porque esse post é apenas uma breve reflexão sobre o desperdício de alimentos.

O Brasil é abundante em recursos naturais e nunca precisou enfrentar os flagelos das guerras, por isso, ostentar a “mesa farta” é uma característica cultural do brasileiro. Por outro lado, devido à desigualdade social, famílias que já passaram tempos de necessidades, por exemplo, tendem a gostar de ver a comida sobrar como forma de mostrar que vivem tempos melhores.

Acontece que o Brasil está na lista dos 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo, jogando fora cerca de 30% de tudo o que é produzido para consumo, causando grandes prejuízos sociais, econômicos e ambientais. Afinal, quanto mais se joga fora, mais cara fica a produção.

E esse problema não envolve apenas o setor agropecuário ou econômico, mas sim, envolve a todos nós, cidadãos e cristãos conscientes.

Entenda as 2 definições para os maiores “ralos” de alimentos, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária):

  • Perdas: ocorrem durante a cadeia produtiva, como na colheita, na pós-colheita, no processamento, no armazenamento e no transporte. São consequências de falhas de infraestrutura, logística e tecnologias para a produção dos alimentos.
  • Desperdício: é o comportamento humano de jogar fora, intencionalmente, alimentos ainda próprios para consumo, seja por estarem com aparência desagradável, serem considerados deformados ou fora do padrão ou por estarem disponíveis em abundância.

Enquanto, usualmente, o produtor é responsável pelas perdas, o varejista e o consumidor final (nós), são responsáveis pelo desperdício!

Muitas vezes, por exigência do cliente, o comerciante deixa de abastecer o mercado com alimentos bons para consumo, mas que apresentam alguma alteração estética no peso, no tamanho, no formato e até na coloração (isso inclui frutas, legumes e verduras). Deixar o alimento vencer ou estragar na prateleira/banca e não abaixar o preço também é uma prática comum de desperdício nos comércios alimentícios.

Quanto ao consumidor, o maior desperdício ocorre em casa, quando se compra muitos alimentos sem planejamento, quando se armazena de forma indevida, quando se prepara quantidade de comida maior do que será consumida e quando se coloca no prato porções além do que é possível comer.

Ainda segundo a Embrapa, os alimentos mais jogados no lixo pelos brasileiros são o arroz, o feijão, os vegetais, as frutas e carnes. Esses são bons motivos para reflexão, visto que, por questões técnicas e políticas, o Brasil está passando por um levíssimo desabastecimento, principalmente de arroz.

Então como começar combatendo o desperdício em casa?

Primeiro, é necessário mudar o pensamento e o hábito cultural, próprios do brasileiro. Um estudo publicado em 2018 pela BASF, uma empresa química alemã, mostrou que o brasileiro considera humilhante preparar refeições a partir de frutas e vegetais sem boa aparência, comprar produtos de fim de feira com menores preços e consumir partes menos nobres dos alimentos.

Como mostrado em posts anteriores, é possível combater o desperdício: planejando o cardápio do dia a dia, definindo as refeições, fazendo listas de compras, comprando com equilíbrio, independente de boas condições financeiras; aplicando técnicas de congelamento dos alimentos, armazenando-os adequadamente e aproveitando todas as partes nutritivas possíveis; preparando a quantidade de comida necessária para consumo, servindo o prato com consciência e armazenando adequadamente o que sobra na panela para consumo posterior.

Existem também outras possibilidades como comprar alimentos produzidos localmente, pois sofrem menos danos do transporte e/ou consumir mais PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) que nascem naturalmente em casa ou nas proximidades (por exemplo, taioba, serralha, azedinha).

Sabemos que o sistema, o país, nem o mundo serão melhorados, mas podemos melhorar a nós mesmos, sendo exemplo através de pequenas atitudes, conforme temos sido ensinados.

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Que Deus continue abençoando os irmãos!

Mariana Macedo

Sou Mariana V. T. Macedo, Nutricionista, (CRN9 - 11.884), formada e atuante na área clínica há quase 10 anos. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva e em constante evolução em todas as áreas da vida. Minha missão é ser uma agente transformadora da saúde e pensamento das pessoas, tendo em vista que um corpo saudável necessita de cuidados que vão muito além do peso, além de uma simples dieta e contagem de quilocalorias. Além da estética.


5 comments

  • Rosemary seraphim

    25/09/2020 at 09:44

    Verdade!!

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  • Sebastião Valente Lemos

    25/09/2020 at 10:34

    Amém irmã concordo eu procuro fazer isso.

    Reply

  • Mariane Oliveira

    25/09/2020 at 12:35

    Pura verdadeira, Dr.Mariana! Não podemos gerar desperdício de forma alguma.
    Deus te abençoe!

    Reply

  • Alexsandra

    29/09/2020 at 07:46

    Pura verdade!! Devemos sim cada um no seu dia dia fazer essa mudança de hábito terrível,q é desperdiçar as coisas que Deus nos Deu

    Reply

  • Pingback: Você Joga Fora As Sementes De Abóbora? – Assim Está Escrito

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