1.1 O que é Democracia?
O termo democracia é oriundo do grego demokratia, e quer dizer: ‘governo do povo’. Conhecemos por democracia a doutrina política que baseia-se nos princípios da soberania popular e da igual distribuição do poder.
1.2 Como Surgiu o Regime Democrático? (Conheça a História)
Antes de começar a história, vamos entender o que quer dizer:
- Aristocracia
- Oligarquia
A aristocracia era uma classe composta por eupátridas, um pequeno grupo de “bem-nascidos”, que detinham o poder econômico e/ou político.
Já a palavra oligarquia deriva-se dos radicais gregos oligoi (poucos) e arche (governo), que respectivamente significam governo de poucos.
A democracia é um regime político que surgiu em Atenas (GR), no século VI a. C.. A cidade de Atenas foi fundada pelos jônios e localiza-se no centro da planície Ática, a exatamente cinco quilômetros (5 km) do mar Egeu.
Até meados do século VIII a. C., a cidade de Atenas foi governada por um rei que acumulava para si os poderes religiosos, políticos e militares. O que define o regime político daquela época como monárquico. Posteriormente, insatisfeitos, os arcontes (parte menor da população, formada exclusivamente por homens), representantes da aristocracia tomaram o governo e estabeleceram a oligarquia.
O regime oligárquico era exercido de forma democrática, porém, em prol do benefício próprio dos aristocratas. Isto porque, os aristocratas usavam a oligarquia como estratégia de governo, e através dessa nova política de administração eles estabeleceram controle sobre os diferentes eixos da sociedade. A saber, eles usaram os três tipos de oligarquia como ferramenta de governo, seguem: oligarquias partidárias – classe que domina um determinado partido político com interesses comuns; oligarquia regional – classe que exerce controle político em determinado estado ou região; oligarquias estatais – classe de funcionários de carreira que controlam o dia-a-dia da máquina estatal.
Diante de tal desfavorecimento e acúmulo de poder aristocrata, uma considerável parcela da população ateniense (camponeses, artesãos, comerciantes) começaram a exigir, reivindicar, uma maior participação nas relações políticas, junto com os eupátridas. E foi a partir de então que as primeiras reformas políticas e sociais começaram a surgir na cidade de Atenas.
Ainda nos séculos VII e VI a. C., apareceram reformadores como Drácon e Sólon, Drácon impôs leis escritas com a finalidade de acabar com as vendetas, as guerras entre familiares por vingança. E Sólon, conseguiu libertar os cidadãos que foram transformados em escravos. Ambas as reformas fizeram parte das conquistas de um extenso processo de lutas em que a grande maioria dos grupos sociais não-aristocráticos unificaram-se para exigir participação política na sociedade. Esse processo culminou com uma nova forma de governar que se alastrou não só em Atenas, mas na parte predominante do mundo.
De acordo com Clístenes (510 a 507 a. C.), um dos principais responsáveis pela instituição da democracia em Atenas, o princípio básico da democracia é que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis”.
1.3 Como cristãos, qual é a importância de sabermos sobre isso?
Sabemos que Deus levantou Moisés para representá-Lo e libertar o povo de Israel da escravidão. Ao ler Êxodo 19, constatamos que após a sua saída do Egito, o povo queria que Deus falasse-lhes diretamente, e buscando atender ao pedido do povo, Moisés falou com Deus e ficou determinado que após o período de santificação e abstenção do povo, Deus desceria e falaria com eles. Assim como no combinado, Deus desceu. Mas, o povo de Israel não teve condição de estar diante de Deus e ouvir a Sua voz. E desde então Deus tem usado homens para falar aos homens.
Após a saída do Egito, que humanamente falando, ocorreu através da liderança de Moisés e a introdução à terra prometida através da liderança de Josué, os hebreus tiveram que lutar contra os povos que ocupavam a região da Palestina. No entanto, depois da morte de Josué, essas lutas continuaram e se estenderam por um longo período; período esse em que os hebreus foram governados pelos juízes. Em termos mais didáticos, os juízes eram chefes políticos, religiosos e militares que administravam o povo através do Governo de Deus.
Ainda falando sobre os juízes, Samuel, o profeta, foi um destes juízes. Ainda no Velho Testamento, encontramos que ele administrava o povo pelo Governo de Deus. Samuel era sacerdote, profeta e rei em Israel. Ou seja, Deus em Samuel governava Israel.
Agora, falando, propriamente, sobre governança, o governo de Deus era um “regime político” maravilhoso! Haviam guerras, mas Deus as venciam por eles. Eles tinham que plantar, mas colhiam infinitamente mais do que plantavam. Eles não tinham que pagar inflações para o governo. As mulheres hebréias não tinham que deixar seus lares e a criação de seus filhos para irem trabalhar na casa de outros. Mas aconteceu que eles viram que as outras nações idólatras tinham reis/monarcas, homens que saíram dentre o povo, e eles desejaram ser como as demais nações.
Ao fazê-lo, eles adotaram a monarquia (regime político no qual o poder absoluto concentrava-se nas mãos de um rei, um chefe de Estado), descentralizaram o Governo Divino e centralizaram o poder humano para fazer política e organizar forças. Com isso, Satanás corrompeu o molde da Monarquia Divina, instituiu a monarquia humanística e projetou-a de forma bem sedutora ao povo de Israel.
I Samuel 8:7-9. Está claro o que aos olhos de Samuel essa situação pareceu má, tanto que ele orou ao Senhor e o Senhor lhe respondeu: “…Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles.”. Reparando as palavras do Senhor, vemos que quando o povo de Israel quis um rei que os governasse, eles escolheram o governo que emanava do povo e em função do povo. Isto é, ao buscar a monarquia humana, eles instituíram ali o poder da democracia aristocrática-oligárquica. Eles trocaram o Rei dos reis por um rei carnal. Que cena drástica aconteceu ali, a raça humana trocando o Rei da Glória por um regime humano, isso foi a criação desdenhando de Seu Criador!
Dando prosseguimento a leitura, constatamos que Samuel ainda tentou adiverti-los conforme o Senhor havia lhe instruído acerca do costume do rei, mas mesmo diante de todas as condições citadas em I Samuel 8:10-18, eles quiseram, eles aceitaram a escravidão trazida pelo governo humano e disseram: “Não, mas haverá sobre nós um rei. E nós também seremos como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras.” (I Samuel 8:19-20).
Eles insistiram e conseguiram. Hoje, os reis, os líderes mundiais, saem à guerra trajados de blazer e gravata, se assentam em uma cadeira acolchoada, tomam um copo de whiskey, “apertam um botão vermelho” e em questão de segundos dizimam milhares de vidas inocentes. Hoje, centenas de pais perdem seus filhos nas guerras por interesses pessoais e gananciosos de seus “reis”. Hoje, o melhor de nossas terras pertencem ao governo e pagamos altas inflações por elas, que é o que nossos líderes mundiais chamam de impostos. Hoje, a democracia torna o mundo escravo do trabalho, da falta de poder aquisitivo e escravo dos desejos que nunca alcançarão. Atualmente a democracia prende milhões de pessoas a um “Jesus mitológico e pré-histórico” que caminhou nos desertos da Palestina. E hoje, a democracia tem inundado as igrejas e feito com que milhares de cristãos nominais percam o Alimento Espiritual dispensado a eles nessa última era. E tudo isso nos leva a uma indagação: será que valeu a pena?
A democracia, o governo do povo, está presente desde o princípio da humanidade, ela apenas veio se camuflando nas novas vertentes sociais que apareceram com a mudança do tempo. ‘Não há nada novo debaixo do sol’! Em Atenas, o povo já não queria mais o domínio de um homem sobre eles, eles queriam ter domínio próprio. E foi isso que Israel desejou. Eles desejaram ser como as outras nações e realmente eles foram.
A democracia foi a concessão social que abriu a porta para a sociedade alcançar a libertinagem. A democracia deu “liberdade” para as mulheres saírem nas ruas mal trajadas e assim, serem desrespeitadas e violentadas. A democracia chegou a tal ponto que, até dentro das igrejas é o povo que governa; o povo faz as revoluções sociais religiosas e decidem se os testamentos (Velho ou Novo Testamento) tem alguma utilidade. A situação está tão decadente que agora eles retiram da Bíblia Sagrada aquilo que não condiz com seus pensamentos e compilam suas próprias Bíblias. As pessoas dizem que creem na Bíblia, mas a questão é que há tantas versões de “Bíblias”, que temos de indagar em qual Bíblia elas creem, só para não confundir.
Contemporaneamente, tem sido as pessoas que julgam se o que Jesus falou é realmente a verdade ou dados históricos. A democracia deu às mulheres “liberdade” para votar, trabalhar, deu a elas condição de “mover o mundo” e com isso, restou aos homens carnais o “direito” de escolher perder a sua masculinidade. Mas a grande questão é que eles aceitaram e optaram por serem subordinados. Esse é o caminho traçado pela democracia e é isso o que chamamos de liberdade?
Como cristãos, nós não apoiamos uma sociedade machista, não somos a favor de uma sociedade feminista e não somos a favor de nenhuma sociedade que é governada por homens. Como cristãos estamos no centro! Nosso governo não é democrático, pois não emana do povo, o nosso governo é do Monárquico, o Senhor Jesus Cristo!
Embora a democracia nos ofereça o benefício e a oportunidade de cultuarmos o nosso Deus, não nos enganemos, pois este é um benefício com um interesse subliminar, o que aos olhos carnais é imperceptível. ‘A democracia é algo bom demais pra ser verdade!’
Que regime tem governado nossos lares, nossas mentes, nossos corações, nossas igrejas? Será que nossos corações têm se tornado palco para os “corruptos movimentos” sociais religiosos dessa última hora?
One comment
Tiago José
22/10/2020 at 08:31
Distinto estudo, enormes alertas ao povo do Senhor! As perguntas do final do texto são grandemente importantes!