Leitura Bíblica: II Reis 2: 9-15.
Mensagens Lidas: Testemunhas, P. 200 a 219; A Palavra Falada é A Semente Original – 2a Parte, P. 156.
Olhando para a Palavra, constatamos que o Ministério de Elias foi um Ministério sobrenatural. Elias foi enviado a Israel durante um contexto terrível, onde a idolatria havia sido introduzida entre o povo e Baal estava sendo adorado no lugar de Jeová, o Único e Verdadeiro Deus. E o motivo pelo qual Deus o enviou em meio a todo esse caos foi para: combater todas essas coisas, provar que a Palavra de Deus é viva e para mostrar que Deus tinha um profeta sobre a terra, uma boca autorizada para falar. E mesmo com anos de Ministério, combatendo as falsas doutrinas e o pecado, por algum tempo ele pensou que estava sozinho, porém, quando ele assim o pensou, Deus abriu sua visão e mostrou-lhe que ainda haviam 7 mil que não dobraram-se diante de Baal. Entretanto, mesmo havendo estes que não se contaminaram, Deus, ainda sim, o instruiu a buscar alguém que daria continuidade ao seu Ministério. E lendo I Reis 19:19, vemos que as instruções do Senhor o direcionaram a um Eliseu.
Na Escritura já citada, observamos que quando Elias abordou Eliseu, ele não deu muitas explicações acerca da determinação do Senhor para que Eliseu o seguisse. Com isso, nós podemos fazer um quadro e entender que nas nossas vidas não é diferente, pois quando Deus nos chama para seguirmos Sua Palavra, Ele não nos dá muitas explicações iniciais, a não ser a de que devemos segui-Lo. E por qual motivo Ele trabalha dessa maneira? Porque é necessário uma aproximação. Ele vai nos revelando Seu Plano à medida que nos aproximamos d’Ele, tornando-nos conforme Ele deseja que sejamos.
Nessa trajetória (a de Elias e Eliseu), Deus estava treinando um homem (Eliseu), para que Ele pudesse dar sequência a um grande Ministério, e durante essa trajetória haviam três etapas a serem cumpridas. Na mensagem ‘Testemunhas’, P.200, o profeta afirma que Eliseu seguiu Elias nas três etapas. Ele não ficou em Gilgal, na escola de profetas. Ele queria passar por todas as etapas necessárias para ter direito de receber não só uma porção, mas a porção dobrada do Espírito de Elias. Distinguimos que durante o decorrer dessas etapas, Elias veio treinando Eliseu através de testes, propostas feitas para o estimular a considerar a hipótese de deixar de segui-lo. Sabemos que tal-qualmente somos testados por Deus, porque assim como Eliseu foi escolhido para dar continuidade ao Ministério de Elias, fomos chamados por Deus para darmos sequência a um grande Ministério. E a necessidade de dar continuidade a um Ministério surge pelo fato de que uma Mensagem não é finalizada quando um mensageiro é tirado de cena, isto é, quando o mensageiro, o ungido de Deus, é tirado de cena, sua Mensagem permanece. Por sua Mensagem permanecer torna-se necessário ter alguém apto para dar prosseguimento a Ela.
Traçando um paralelo com as eras da igreja, observamos que muitas pessoas pararam, como os pentecostais, que estagnaram nas primeiras etapas no tempo do irmão Branham e o abandonaram quando estavam prestes a receber o que estamos recebendo hoje. Vemos que quando o profeta começou seu Ministério com a primeira puxada, as multidões o seguiram, porque pegar na mão de um enfermo e sentir as vibrações e dizer qual doença ele tinha, foi algo revolucionário para o mundo. E isso deu início a um avivamento, porém, em sequência, muitas pessoas, após verem as explicações do profeta, começaram a personificar essa primeira etapa. A segunda puxada foi algo mais adiante, que era declarar as intenções do coração e isso simbolizou o trajeto que Elias e Eliseu fizeram até antes do rio Jordão, de Gilgal para Belém, de Belém a Jericó. Entretanto, assim como na primeira, na segunda puxada houve personificação. Mas, porém, quando chegou a terceira puxada, que é a porção dobrada, o Anjo disse ao profeta para não explicar, como ele havia explicado nas duas vezes anteriores. Nessa etapa não poderia haver personificação, porque quando Eliseu chegou diante do Jordão, bateu a capa no rio e indagou: “Onde está o Deus de Elias?”, Deus o vindicou. Não era necessário explicar nada ali, tratava-se de evidências.
Muitos abandonaram o profeta William Branham, porque nem todos se identificaram com o Ministério dele, assim como muitos não identificaram-se com o Ministério de Elias. Se não existir uma identificação direta com o profeta, não há maneiras de compreendê-lo, se não é possível compreendê-lo é impossível chegar à sua estatura. A prova para essa afirmação está no fato de que havia uma identificação tão grande entre Eliseu e Elias que a capa de Elias servia perfeitamente em Eliseu, se não houvesse essa identificação, a capa não serviria, pois eles teriam estaturas diferentes. Para Eliseu ter essa identificação foi necessário passar por todos os processos que a Palavra, na forma de um profeta (Elias), pregou a ele. A medida em que o tempo foi passando, ele foi sendo moldado pela Palavra, sendo elevado nas Escrituras e isso fez com que ele chegasse a estatura correta. Precisamos chegar à ‘estatura de Um Varão Perfeito’.
Eliseu pediu porção dobrada pelo fato de entender que Ele era filho do Ministério profético de Elias. Ele sabia que no Velho Testamento, quando o primogênito nascia ele recebia porção dobrada da herança, por isso ele foi sábio ao pedir, pois quando ele o fez, pediu porção dobrada do Espírito que repousava sobre a vida de Elias, que era o Espírito do Próprio Deus. Precisamos entender que nós somos os filhos do Ministério profético do nosso Elias, O Senhor Jesus Cristo. A parte que Lhe cabia Ele já cumpriu, Ele fez isso em Malaquias 4:5-6 em Apocalipse 10:1-7. Mas cabe a nós, o Eliseu desse dia, tomar Apocalipse 10:8-11 e profetizar novamente. Ele já nos disse, em São João 14, que temos uma Obra a fazer.
“Onde está o Deus de Elias?”