Pare, Olhe e Escute

Uma placa de aviso que comunica um alerta, cobra uma postura assertiva. Diante de informações exacerbadas, acontecimentos frenéticos e comportamentos desordeiros, a atitude de parar, observar e ouvir sempre é bem-vinda. Isso é cautela. São Tiago (1:19) nos orienta quanto a prática do ouvir. Devemos ser constantemente prontos a escutar.

Em uma dinâmica tumultuada imposta a nós por pressões da sociedade, por vezes não atentamos para o que realmente aconteceu, acontece ou acontecerá. Ou seja, não prestamos atenção ao que de fato está ocorrendo diante dos nossos olhos, principalmente, no presente, no hoje. Assim, placas de advertências estão sendo desconsideradas, esquecidas e invalidadas. Salomão nos ajuda quanto a isso, nos dizendo para guardar o que há de mais precioso em nossa vida (Provérbios 4:23).

Deus, como um Pai talentoso e cuidador, sempre nos envia sinais. Nos envia avisos e, ao estarmos atentos a essa comunicação, nos livramos de muitos sofrimentos desnecessários. Se olharmos de forma criteriosa, ainda somos privilegiados com tamanho zelo de Deus com nossas vidas através dos profetas, Escrituras, mensagens, pastores e irmãos que exercem o cuidado com nossa passagem pela terra. Um profundo exemplo, encontramos no Antigo Testamento, tão atual como sempre foi:

‘Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado os seus segredo aos seus servos, os profetas’

(Amós 3:7).

Um Pai zeloso que comunica aos seus filhos usando um canal de comunicação sempre utilizado, até o presente dia (os profetas).

Uma das virtudes das mais excelentes que uma pessoa pode usufruir é a prudência, que no sentido de significado refere-se àquele que anda retamente, que mede suas palavras, que busca conhecimento, entre outras qualidades relacionadas em Provérbios 15, 17 e 18 e, na verdade, em toda a Bíblia, propriamente dita. A prudência nos exige cuidados necessários para vivermos neste pouco tempo que nos restam.

O CTB – Código de Trânsito Brasileiro, prevê que o condutor que não para antes de transpor os trilhos comete infração gravíssima e pode ser multado, além de perder sete pontos na carteira (artigo 212); pois este se esquivou das advertências na passagem de nível: parar, olhar e escutar! O Interessante é que vemos tantas respeitosas orientações nas Escrituras e se não vigiarmos, cometemos infrações gravíssimas, e não apenas em ações, mas, também, em palavras, sentimentos e intenções.

E isso no sentido natural tem consequências danosas, ou até mesmo irremediáveis. Então a passagem de nível – cruzamento ao mesmo nível entre uma ferrovia e um caminho ou estrada – deve ser realizada com toda diligência possível!

Quantas não são às vezes em que os percursos são trilhados com condições desfavoráveis que querem recorrentemente nos abalar ao longo da trajetória?!

E se existe um lugar que não se deve ficar, estacionar e/ou estagnar, este lugar é no meio do caminho. Não pare para descansar em meio aos trilhos, durante a marcha, frente ao propósito, diante da estrada!

Sempre deve-se colocar à prova os sentidos da ação, visão e audição. O comprometimento, o cuidado, o zelo, a sobriedade, a constância, a sabedoria, a ciência e a disciplina são valores concernentes a uma trajetória segura enquanto não estivermos do outro lado da Eternidade.

Como andam seus sentidos?