“Se fores sincero quando orares, e conseguires que as pessoas creiam em ti, nada resistirá à tua oração, nem mesmo o câncer.”
Quantos amigos deixamos de chamar de nosso, por causa das palavras que ouvimos e/ou dizemos? Quantas relações tínhamos e que ainda deveríamos ter, deixaram de existir por causa de palavras?
Você já parou e pensou que da mesma boca que saem palavras que edificam, podem sair palavras que arruínam lares, famílias, vidas? E, embora muitos de nós não empregue o valor devido às palavras, e na maior parte do tempo as estejamos usando levianamente, as palavras têm poder de ação e vida, e é por isso que elas desencadeiam reações em quem as escuta.
Sabe aquela empolgação que nos atinge ao ouvirmos algo que nos faz extremamente felizes? Aquela empolgação que nos deixa meio desconcertados e causa aquele efeito incomum dentro de nós quando ouvimos algo que nos agrada? Então, ela é causada pela intensidade e a potência usadas nas palavras que nos foram ditas. Isso porque as palavras são movidas por sentimentos. Agora, pare e imagine o potencial do estrago que a mesma intensidade e potência podem causar em nós e nas pessoas se as palavras forem aplicadas de maneira dolosa. Imaginou?
Palavras, dolosamente encaixadas, colocaram uma raça inteira em processo de autodegradação e, por consequência, nos colocaram na situação que estamos hoje.
“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:4-5
As palavras são o método de guerra mais antigo que existe. As palavras têm peso. Palavras mal-colocadas são como adagas afiadas que penetram o íntimo; elas penetram na alma, apodrecem o interior e avançando em destruição passam a consumir a carne.
Existem muitas pessoas que já “morreram” ao serem fatalmente feridas por palavras de alguém, e agora apenas perambulam por aí esperando até que seu tempo na vida acabe. Quem sabe sejam agora pessoas amargas, e é hábito nosso estabelecer um preconceito acerca delas e, até mesmo, julgá-las, mas, será que já nos questionamos sobre quantas dessas pessoas foram sentimentalmente feridas por nós, em nome da sinceridade?
A sinceridade é uma das características mais admiradas em uma pessoa. Numa linguagem mais comum, isso acontece porque a sinceridade é uma qualidade; ela é a virtude que define alguém como sendo verdadeiro, transparente e autêntico. Entretanto, o ato de ser sincero (falar a verdade) nem sempre é uma situação confortável, nem para quem fala, nem para quem ouve.
As pessoas costumam associar, consciente ou inconscientemente, o ser sincero com a ação de falar tudo o que lhes vem à cabeça. Isso acontece porque elas habituam-se a coligar o desconforto gerado pela situação, causado por alguém, com a atitude de ser sincero (ação de dizer tudo o que, para elas, são verdades). Porém, é necessário usar de bom senso quando nos envolvemos na situação delicada de dizer alguma verdade para alguém, pois é como costumamos dizer com frequência: “Tudo de mais, sobra.”.
Há uma linha muito tênue entre falar a verdade e magoar as pessoas.
O ato de dizer com indelicadeza e falta de empatia todas as coisas que achamos que devemos dizer, nos faz NÃO nos questionarmos se realmente estamos dizendo algo que alguém realmente deve/precisa ouvir. Mas, vale pensar: Até que ponto somos realmente sinceros?
Somos realmente sinceros quando dizemos a verdade para as pessoas. Contudo, ao afirmar que estamos usando de sinceridade ao dizer uma verdade para alguém, devemos pensar no tipo de verdade que utilizamos para falar. Isso porque existem dois tipos de verdades: Verdades absolutas, ou verdades relativas?
Verdade absoluta X Verdade relativa
- Verdade absoluta: é aquela que é igual para todas as pessoas, pois baseia-se em fatos, eventos reais, portanto, são incontestáveis.
- Verdade relativa: é aquela que se diferencia para cada indivíduo; é uma verdade pessoal.
Por exemplo, podemos falar do conceito de beleza, que cada um tem o seu. Isto é: o que você acha bonito, alguém pode achar feio. Por isso, faz-se necessário ressaltar que devemos analisar o que temos a dizer a alguém, antes de dizê-lo; pois podemos estar usando o relativismo em lugar da verdade absoluta.
A atitude relacionada a falar o que quer, como quer e sem filtros, está longe de ser sinceridade. Tal comportamento é denominado como sincericídio. E diferente da sinceridade, o sincericídio é dizer algo que quase sempre causa danos, seja com intenção ou não.
Sinceridade no Interpretar
Além de estar totalmente relacionada ao falar, a sinceridade também se faz necessária no interpretar do que as pessoas dizem. É comum vermos pessoas tentando dar suas próprias interpretações ao que é falado por outras pessoas, e, assim, acabam gerando desconforto e até manchando o testemunho do emissor de determinada fala.
Propagar o que foi dito por outras pessoas de maneira usurpada, alterada e acrescentada é tão falso quanto mentir. É um falso testemunho.
Sinceridade é Requisito em Orações!
Observando as pregações do profeta William Branham, podemos notar que em quase todas as suas orações, ele fala sobre chegar a Deus com sinceridade, com um coração sincero.
Quando o profeta recebeu a visita do anjo em sua comissão, as palavras ditas foram: “Se fores sincero quando orares, e conseguires que as pessoas creiam em ti, nada resistirá à tua oração, nem mesmo o câncer”.
Analisando o falar do anjo podemos entender com clareza que a sinceridade está muito relacionada ao modo de ser e agir de forma natural e essencial. É expressar a natureza divina em nosso ser.
A sinceridade é requisito para ter orações atendidas, pois somente um coração sincero poderá pedir conforme a vontade perfeita de Deus.
2 comments
Ione Lopes
25/06/2021 at 11:33
Obrigada Senhor, pela Palavra que instrui e liberta
Tiago José
01/07/2021 at 08:35
Sim, sinceridade escritas no presente estudo! Deus continue abençoando corações gentis para nos ajudar com essas reflexões que nos auxiliam a ser melhores cristãos!