
Durante a vida, certamente você já teve algumas inflamações, seja em machucados, cirurgias, resfriados, viroses.
Antes, devo esclarecer que inflamação não é o mesmo que infecção (entrada de agentes externos no corpo como vírus, bactérias, parasitas e fungos).
Pois bem, inflamação, nada mais é do que a reação do nosso sistema de defesa à qualquer agressão ao organismo, ativando sistemas bioquímicos, fisiológicos e imunológicos.
Em inflamações agudas, o corpo imediatamente emite sinais de alerta como vermelhidão local, dor, febre, alterações na pressão arterial, nos batimentos cardíacos, na respiração e nos leucócitos (células do sangue). Isto acontece porque o corpo libera substâncias denominadas mediadores inflamatórios, tais como: IL-6, IL-1β, TNF-a, PCR e outros.
Mas hoje, quero falar de outro tipo de inflamação: uma que é silenciosa, assintomática, que fica bem escondida no corpo e é chamada de inflamação crônica de baixo grau ou inflamação subclínica.
Acho que você já imaginou o que causa este tipo de inflamação. Sim, os hábitos alimentares!
A inflamação crônica tem como causa principal uma dieta pró-inflamatória: rica em gorduras saturada e trans; açúcares e carboidratos refinados (por exemplo, fast-foods, sorvetes e ultraprocessados em geral); pobre em frutas, vegetais, sementes oleaginosas, grãos integrais, peixes e gorduras boas.
Da mesma forma, disbiose intestinal, exposição às toxinas, sedentarismo e estresse emocional contribuem para a inflamação subclínica. Recordando o post anterior, o estresse oxidativo também potencializa este tipo de inflamação.
Você consegue imaginar o corpo produzindo um pouquinho daqueles mediadores inflamatórios citados no início, durante 24 horas, todos os dias? Conforme o dito popular “um dia a casa cai”.
Por quê?
As citocinas IL-6, IL-1β e TNF-a estão associadas à resistência à insulina, redução do HDL (colesterol “bom”), ao aumento de peso, acúmulo de gordura na região da barriga, aumento do triglicérides, aumento da pressão arterial e danos no interior das artérias. Daí surgem doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, aterosclerose, infarto e derrame cerebral.
Depressão, Alzheimer, Parkinson, hiperatividade, déficit de atenção, outras doenças neuropsíquicas, doenças auto-imunes como lúpus e artrite reumatoide, fibromialgia, dores crônicas, alergias e câncer também são exemplos de doenças provenientes da inflamação crônica.
Além das sucessivas recomendações sobre mudança da alimentação e do estilo de vida, é fundamental manter níveis adequados de vitamina D, magnésio, zinco e selênio no organismo para combater a inflamação crônica.
Que este artigo seja mais uma pequena porção de conhecimento para que você busque desinflamar o seu corpo.
Até o próximo post!